Plano de carreira
Médicos estatutários seguem mobilizados
Um documento contendo quatro reivindicações dos médicos estatutários pelotenses foi entregue ao prefeito Eduardo Leite
Um documento contendo quatro reivindicações dos médicos estatutários pelotenses foi entregue ao prefeito Eduardo Leite (PSDB) pela vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Maria Rita de Assis Brasil. Nele constam os pedidos de uma gratificação equivalente à paga pelo município aos médicos do Samu, no valor de R$ 4.800,00; o encaminhamento de decreto lei alterando a carga horária dos profissionais de 33 horas para 20; a implantação imediata de uma chefia médica para coordenar os trabalhadores da saúde e a abertura imediata de negociações para discutir a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCV). Acompanhado da secretária de Saúde, Arita Bergmann, da diretora executiva da SMS, Ana Costa e do secretário de Gestão Administrativa e Financeira (Sgaf), José Francisco Cruz, o chefe do Executivo se comprometeu em responder nos próximos dias à categoria.
Para Maria Rita, o encontro realizado na última semana se configurou como “mais uma tentativa de diálogo”, dentre as que vêm acontecendo desde 2012. A urgência está, segundo a vice-presidente, na implantação da chefia médica, pleiteada no documento e na discussão salarial, por Pelotas ter uma das remunerações mais baixas do Estado aos profissionais da área. Segundo a assessoria de impressa do Sindicato, do ano passado até o dias atuais houve uma redução de 27,3% no número de médicos vinculados ao funcionalismo público, ficando atualmente em 90 profissionais para atender a rede. A categoria está em estado de greve desde o dia cinco deste mês em função da falta de avanço nas negociações.
Oferta mantida
Em resposta às solicitações, Eduardo Leite afirma que mantém a oferta feita pela prefeitura e rejeitada pela categoria de um aumento salarial de R$ 1.967,00 para R$ 3 mil, até 1º de maio, atingindo R$ 4 mil em 2017. “Em meio ao cenário de incertezas do país no momento, este compromisso é o que podemos honrar no momento. Não é solução, é um paliativo, mas é com o que o município pode se comprometer no momento.” A oferta foi recusada porque, de acordo com os profissionais, muitos já recebem este valor de R$ 3 mil devido à soma de benefícios e, portanto, o aumento seria quase zero. O prefeito salientou que 23 médicos seriam beneficiados neste primeiro momento e outros 56 com o aumento previsto para 2017.
Quanto à complementação semelhante a dos médicos do Samu, Leite afirma que não é possível reproduzi-la com os estatutários pois ela é paga com o auxílio de recursos federais, específicos para isto, e os médicos do município são pagos com recursos da cidade. A resposta quanto à transformação da portaria de redução de carga horária em projeto de lei será discutida também nos próximos dias.
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